No atordoar das insones madrugadas,
prostrado ao relento de teu candente desprezo,
desperto, exasperado, por ausências e carências
que subtraem minha lucidez, aviltando a volúpia
deste voraz desejo.
Esta ânsia dúbia, entre o rancor e a paixão
exacerba meus crônicos desatinos,
deflagrados pela eloquência desta solidão,
que drena a sanidade deste agônico amor.
embotado nesta súplica quase afônica,
no amargor deste tépido beijo,
no inóspito vazio de teu olhar e
na frieza crua de um adeus.
J. R. Messias
Imagem: arquivo da web.
Belíssimo e inspirado texto poeta, encantada , a gravura escolhida também é divina, parabéns pelo bom gosto, bjs
ResponderExcluirMomento de letargia poética, NLC. Sua presença é sempre inspiradora.
ResponderExcluirAbraços, Poetisa.