Tua primaveril lembrança
exala o aroma das manhãs fagueiras
onde a memória descansa na doçura suave das maçãs
e no vermelho intenso das amoreiras.
A sinuosidade de teu amado corpo
guarda em cada curva,
esse vendaval de segredos,
desbravados solenemente por mim
como se sorvesse os frutos de tua alma desnuda
A sequiosidade úmida de tua boca,
a urgência pecaminosa de teu olhar,
segredam desejos em tua voz rouca
e devassam meu corpo, na ânsia de amar.
Esse amor que escoa, lascivo,
pelas fontes corpóreas dos desejos,
pelo impacto de corpos luzidios
e o acoplar de nossos vis anseios.
J. R. Messias